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‘Gafe’ de George W. Bush provoca indignação entre iraquianos

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O ex-presidente americano George W. Bush, que ordenou a invasão ao Iraque em 2003, comentou sobre os seus 75 anos ao perceber a falha
Reprodução/redes sociais

O ex-presidente americano George W. Bush, que ordenou a invasão ao Iraque em 2003, comentou sobre os seus 75 anos ao perceber a falha

Uma “gafe” que já está sendo considerada como um das mais graves já cometidas pelo ex-presidente dos EUA, George W. Bush , na qual falou de uma “invasão totalmente injustificada e brutal do Iraque”, quando queria se referir à Ucrânia, provocou reações de indignação entre os iraquianos, que viveram de perto a violência da invasão e da violência que se seguiu a ela e deixou mais de 100 mil mortos.

A fala foi registrada durante um discurso sobre democracia no Texas, quando criticava a invasão russa da Ucrânia e como o modelo político conduzido por Vladimir Putin eliminou a oposição e o sistema de pesos e contrapesos. Em seguida, veio a fala controversa.

“E a decisão de um homem de lançar uma invasão totalmente injustificada e brutal do Iraque… Quero dizer, da Ucrânia”, disse, se corrigindo e atribuíndo o erro à sua idade, 75 anos.

A platéia reagiu com gargalhadas, mas, no Iraque, a fala não foi interpretada tão positivamente.

“O fantasma da invasão do Iraque e de sua destruição persegue a Bush filho. Seu subconsciente o expôs”, escreveu, no Twitter, o jornalista iraquiano Omar al-Janabi. “Sim, se trata de uma invasão brutal e injustificada que continuará a ser seu pior pesadelo.”

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O vídeo também foi amplamente divulgado pela imprensa árabe, com repercussão negativa, mas as autoridades iraquianas ainda não se pronunciaram.

Motivada por denúncias de que o governo de Saddam Hussein possuíam armas de destruição em massa, a invasão do Iraque pela coalizão internacional liderada pelos EUA, em março de 2003, se inseriu no contexto da chamada Guerra ao Terror, iniciada após os ataques de 11 de Setembro de 2001. O regime de Saddam caiu pouco depois da chegada das tropas a Bagdá, mas o país mergulhou em uma onda de desestabilização política e social vista até os dias de hoje.

As armas de destruição em massa jamais foram encontradas, Saddam foi executado, e a nação viu as históricas divisões religiosas e sociais evoluírem para um violento conflito armado. O país também serviu de “berço” para várias organizações terroristas, como o grupo hoje autointitulado Estado Islâmico, que chegou a controlar parte considerável do território iraquiano na década passada.

De acordo com a ONG Iraq Body Count, 122.438 civis morreram entre o início da invasão, em março de 2003, e 2011, quando terminou oficialmente a presença militar americana no país — hoje, estima-se que 2,5 mil militares dos EUA estejam no Iraque, mas sem desempenharem funções de combate, uma presença que, de acordo com representantes do Pentágono, não deve chegar ao fim tão cedo.

“Conforme olhamos para o futuro, qualquer nível de ajuste no Iraque precisará ser feito como um resultado de consultas com o governo do Iraque”, afirmou, em março, Kenneth McKenzie, então chefe do Comando Central dos EUA. “E apenas concluímos um diálogo estratégico há alguns meses, acreditamos que ela [presença militar] vai continuar”. 

*Com informações de agências internacionais

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Fonte: IG Mundo

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