Polícia
Estudo mostra que maioria das vítimas de feminicídio em MT estava em idade produtiva economicamente
Polícia

Raquel Teixeira/Polícia Civil-MT
Um estudo produzido pela Polícia Civil sobre homicídios e feminicídios de mulheres em Mato Grosso, ocorridos durante o ano passado, traz um perfil sobre as vítimas e também o vínculo entre essas mulheres e os autores dos crimes. Das 85 mulheres mortas em 2021, a maioria era de jovens adultas e 26% dos autores dos crimes tinham algum tipo de vínculo amoroso (marido, companheiro, namorado, convivente).
Das mulheres assassinadas no ano que passou, 22% delas tinham entre 18 e 29 anos; 34% entre 30 e 39 anos e 24% de 40 a 49 anos. Os três grupos etários colocam as vítimas em momentos de plenitude da vida e idade produtiva economicamente e de reprodução (maternidade).
Uma dessas vítimas é Andrea Ramos Costa, 31 anos. Em agosto do ano passado, seu corpo foi encontrado pela Polícia Civil próximo à MT-306, no Distrito de Guariba, município de Colniza, e apresentava diversos hematomas e uma lesão profunda na cabeça. O companheiro de Andrea procurou uma unidade da PM e disse que a esposa estava desaparecida. Seu nervosismo levantou suspeitas e os policiais foram à residência da vítima, onde localizaram o celular dela no guarda-roupas e uma bermuda com vestígios de sangue. A caminhonete da vítima também tinha sinais de sangue na carroceria e areia na superfície. Diante das evidências, o marido dela foi detido em flagrante.
Durante a apuração para localizar o corpo da vítima, a Polícia Civil conseguiu imagens que mostravam o suspeito trajando a bermuda localizada na casa e também ele saindo da residência da vítima, durante a madrugada, levando na carroceria do veículo um colchão. Outras evidências coletadas pela polícia indicam que o suspeito do crime transportou areia na camionete e na casa foi encontrado, dentro de uma máquina de lavar roupas, um lençol com manchas de sangue.
Escolaridade das vítimas
Sobre a escolaridade das mulheres mortas em 2021, o levantamento aponta que 13% delas tinham apenas o ensino fundamental e 11% o ensino médio. Um dos casos investigados pela Polícia Civil foi a morte da adolescente Andressa dos Santos Silva, em Sorriso.
Ela tinha apenas 16 anos, quando foi morta em outubro passado, na cidade de Sorriso, na região norte do estado. O corpo da adolescente foi encontrado na manhã do dia 24 de outubro, em um matagal. Conforme constatado pela perícia técnica, o corpo apresentava várias perfurações provocadas por arma branca. No dia anterior, a mãe dela procurou a Polícia Civil informando o desaparecimento da garota e disse que a filha saiu de casa por volta das 21h da sexta-feira, que logo retornaria e não levou o celular.
Após investigação da Delegacia de Sorriso, o autor do crime teve a prisão representada e foi localizado na cidade de Gurupi, no estado do Tocantins. Ele foi detido três dias após a localização do corpo de Andressa, dentro de um ônibus que partiu de Sorriso com destino ao Nordeste do País.
Em relação à profissão das vítimas de homicídios ocorridos no ano passado, a maioria delas tinha ocupações pouco remuneradas no mercado de trabalho, como cuidadora, auxiliar de limpeza, cozinheira e atendente de telemarketing.
Vínculo entre autores e vítimas
O vínculo entre vítimas e autores é mais um ponto que reforça a violência no interior das unidades domésticas e familiares.
O estudo mostra que os autores dos homicídios tinham ou tiveram um relacionamento afetivo com as vítimas, sejam eles maridos, conviventes, namorados, companheiros ou ex. Os dados apontam que 26% dos crimes foram cometidos por um desses relacionamentos, seja marido, convivente ou namorado. Já aqueles que não tinham mais nenhuma relação com as vítimas (namorados ou ex-conviventes) alcançam 12% dos crimes cometidos.
Em alguns casos registrados, os crimes também foram cometidos por pessoas ligadas às vítimas de outras formas, como cunhado, genro, amigo ou conhecido.
Leia mais sobre o assunto: https://www.pjc.mt.gov.br/noticia.php?id=25858

Polícia
Familiares de vítimas participam de palestra sobre abuso sexual infantil em Cáceres

Uma palestra em alusão ao Dia Nacional de Combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, foi promovida pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (18.05), por meio da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres (228 km a oeste de Cuiabá) em parceria com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) do município.
A palestra foi ministrada pela psicóloga do CREAS, Elizete Gerson do Nascimento Marco, que falou sobre o tema abuso sexual infantil. O evento foi realizado na especializada e contou com a participação de agentes da infância e juventude do Fórum de Cáceres, além de familiares de vítimas de violências.
Para a delegada da DEDM de Cáceres, Paula Gomes Araújo, o trabalho de conscientização e prevenção ao abuso sexual infantil é muito importante, não só no mês de maio, mas durante todo ano.
“Esse tipo de ação, que busca conscientizar as pessoas desse tipo de crime é fundamental, já que em grande parte dos casos a violência sexual contra a criança ou adolescente ocorre dentro do seio familiar”, disse a delegada.
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